segunda-feira, 18 de abril de 2011

Imóvel planejado pelo EB-A mescla conceitos rústico e contemporâneo

Por CorreioWeb

Espaço Brasileiro de Arquitetura, EB-A, tem como lema uma arquitetura inovadora e ousada. A criatividade na hora da elaboração de projetos é garantida a partir da mistura de conceitos clássicos e contemporâneos, como sofisticação e rusticidade. O Espaço atua em todo o território nacional e na África, onde desenvolve projetos para clientes do ramo petrolífero e é parceiro da Ordem dos Arquitetos de Angola. O EB-A ainda atende ambos os segmentos residencial e comercial.



Um exemplo da capacidade inovadora do Espaço Brasileiro de Arquitetura é o projeto do apartamento de 210 m² planejado pelo escritório, em Santana, zona norte de São Paulo. O imóvel ganhou um novo ar com o projeto elaborado pelo arquiteto fundador do EB-A, Glaucio Gonçalves. A ideia era deixar o ambiente com a marca do Espaço, que une conforto, funcionalidade e modernidade à decoração.



Todas as salas (de estar, de TV e de jantar) tinham o cinza como cor predominante, escolha que era desejo da moradora. Se isso pode acabar criando um ambiente frio, Gonçalves soube usar alguns detalhes para produzir um lugar aconchegante para toda a família. Nesses locais, o floral deu o tom acolhedor, aparecendo no papel de parede e nas poltronas. A decoração da varanda é um contraste com os outros ambientes. Se as salas buscam algo mais sofisticado e contemporâneo, a varanda remete a uma casa de sítio com um mobiliário aconchegante. “Buscar o equilíbrio e a integração entre essas áreas é o grande diferencial desse projeto”, afirma o arquiteto Glaucio Gonçalves. Para mais informações consulte a página da empresa.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

mude!

Cubas livres ou integradas

Sobre bancadas ou em gabinetes, elas agora aparecem em vários materiais -aço, madeira, pedra, resina, vidro

Por Caroline Pellegrino

Não é de hoje que as cubas se destacam em projetos de banheiros e de lavabos. A novidade são os materiais que chegam ao mercado.



Além das mais comuns, de louça, há as de aço, Corian (tipo de resina), madeira, pedra e vidro. Os preços também variam -a Folha encontrou peças de R$ 35 (Deca) a R$ 5.153 (Interbagno) em lojas paulistanas.

Uma dica para modelos mais delicados -como os artesanais de madeira, ônix e vidro- durarem mais é não expô-los a uso intenso. São adequados para lavabos, e as de madeira e pedra podem se deteriorar mais facilmente, por absorver umidade.
O projeto define se a cuba ficará sobre uma bancada ou integrada a um gabinete, o que depende muito do tamanho do ambiente. "As de apoio [sobre a bancada] são as mais usadas. Os gabinetes grandes estão fora de moda", diz a arquiteta Fafá Sastre.
As bancadas também são de vários materiais: Corian, granito, madeira e mármore. "Devem combinar com pisos e cor das paredes e ser resistentes ao tipo da cuba", cita a arquiteta Rozania Nicolau.

Mas ainda há quem queira espaço para guardar objetos. "Gaveteiro de rodízio e prateleiras embaixo da bancada são práticos. Gabinetes, quando utilizados, são menores e não vão até o chão", caracteriza Nicolau.

O acabamento reto está em alta. "As formas mais atuais são as quadradas e as retangulares. Outra tendência é a válvula [ralo] escondida", menciona a arquiteta Karina Afonso, consultora da Deca. Os misturadores são delicados (leia mais abaixo).
A engenheira química Carla Zeitune, 43, buscava um desenho elegante que fugisse do tradicional. "Usamos cubas retangulares da Deca nos banheiros e, no lavabo, cuba de ônix", descreve.



Outro aspecto importante do modelo é a profundidade. "As mais fundas são indicadas para higienização em banheiros. As rasas podem espirrar água ao lavar o rosto. São mais harmônicas em lavabos", explica o arquiteto Glaucio Gonçalves.
Ao limpar cubas, recomendam-se água e sabão neutro -e água sanitária, esporadicamente, nas de louça. Solventes não são indicados. As de resina e as de aço pedem cera de polimento.

Misturadores têm tamanho proporcional

O desenho e a posição dos misturadores também são questões importantes na composição de uma cuba.

"O tamanho deles precisa ser proporcional ao das outras peças", ensina o arquiteto Glaucio Gonçalves.



"Geralmente, o desenho da bica e os misturadores combinam com o formato da cuba", comenta a arquiteta Karina Afonso. "Eu prefiro usar os retos com cubas retas. Em lavabos, é preferível um misturador de comando único [um registro]; nos banheiros, são mais usados os de comando duplo", orienta.

Existem também recomendações acerca da distância da cuba ao chão. Um modelo embutido deve ficar a uma altura de 85 cm a 90 cm. Os modelos de apoio têm, em média, 15 cm de altura; nesse caso, a bancada deve estar a cerca de 70 cm do piso.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

#Promo de Aniversário

Por Renata Batista

Fundado em 2007 pelo arquiteto Glaucio Gonçalves, o EB-A (Espaço Brasileiro de Arquitetura) faz aniversário de quatro anos e sorteia um projeto de decoração e um café da manhã com profissionais do escritório para cinco estudantes de arquitetura ou design.



Para concorrer, basta enviar seu nome e telefone de contato para o e-mail contato@eb-arq.com com o assunto "Projeto de Decoração" ou "Café da Manhã - Estudantes". A promoção é válida até dia 30 de abril com divulgação dos vencedores na primeira semana de maio.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

EB-A completa quatro anos no mercado

Fundado pelo arquiteto Glaucio Gonçalves, Espaço Brasileiro de Arquitetura faz aniversário e presenteia clientes



Em abril, o EB-A – Espaço Brasileiro de Arquitetura – completa quatro anos de atuação e sucesso. No mercado desde 2007, o jovem escritório oferece aos seus clientes uma arquitetura diferenciada, contemporânea e baseada em três pilares - atendimento personalizado, sustentabilidade e qualidade dos projetos. Neste mês, uma pessoa poderá ganhar um projeto de decoração para uma casa ou apartamento de até 150 m².

Fundado pelo arquiteto Glaucio Gonçalves, o EB-A conta com uma filial na Angola. Já são mais de mais de 30 projetos desenvolvidos no Brasil e no mundo. No ano passado, o número clientes cresceu 60% em relação a 2009. Para 2011, a previsão é que esse número aumente ainda mais 20%.

Para comemorar esse sucesso, o EB-A vai presentear seus clientes. Uma pessoa ganhará um projeto de decoração para casa ou apartamento de até 150 m². Além disso, três estudantes dos cursos de arquitetura ou design vão ganhar um café da manhã na primeira semana de maio com os profissionais do EB-A, no qual falarão sobre como começar e construir uma carreira. Para se inscrever, basta enviar um e-mail para contato@eb-arq.com com o assunto “Projeto de Decoração” ou “Café da Manhã – estudantes”. A promoção é válida até o dia 30 de abril e os nomes dos ganhadores saem na primeira semana de maio.


Vale lembrar que mais duas pessoas serão presenteadas: um seguidor do Twitter (@ebarq) e outra pessoa cadastrada no perfil da empresa no Facebook (WWW.facebook.com/ebarq). O sorteio terá uma data surpresa. Por isso fiquem atentos as novidades do escritório nas mídias sociais. É uma surpresa atrás da outra!!!

Para fechar essa data, os profissionais do EB-A oferecem uma consultoria comemorativa até o dia 30 de abril. Isto é, você recebe um profissional capacitado para orientar, dar sugestões simples para deixar seu ambiente mais bonito, aconchegante e harmonioso e sustentável. “Nosso objetivo é facilitar, dando dicas práticas para renovar seu ambiente, respeitando sua personalidade, preferências e orçamento”, afirma Gonçalves.



Não esqueça!!! Se você deseja inovar, aproveite nossa consultoria comemorativa que tem validade até dia 30 de Abril de 2011. Mande um e-mail de solicitação para o e-mail contato@eb-arq.com informando seu nome completo e telefone de contato para agendarmos uma data conforme a disponibilidade de nossos profissionais.

“São quatro anos de histórias e conquistas. Durante esse período, a equipe foi expandida e o EB-A ganhou um espaço significativo no mercado arquitetônico. Trabalhamos sempre com o objetivo de transformar sonhos em realidade”, afirma Gonçalves.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Painéis decorativos contam a história de vida dos proprietários

Por Portal imovelweb

Tornar um ambiente mais aconchegante e, ao mesmo tempo, remeter a lembranças agradáveis do passado é a proposta do EB-A (Espaço Brasileiro de Arquitetura) através da criação de painéis personalizados com detalhes marcantes e pessoais dos clientes.



Os painéis, elaborados pelo diretor de criação Eduardo Alberti em parceria com o arquiteto Gláucio Gonçalves, ficam posicionados em pontos de destaque nos ambientes. De acordo com Gonçalves, “a idéia é deixar o ambiente contemporâneo e, ao mesmo tempo, acolhedor, sobretudo com o perfil do proprietário”. Para isso, o arquiteto explica que o desenvolvimento do painel tem início a partir de uma entrevista para conhecer os fatos marcantes e a história de vida, o que torna a residência ainda mais personalizada.

Em uma cobertura de São Paulo, por exemplo, os profissionais decidiram posicioná-lo na escada, por tratar-se de um ponto forte e dinâmico na decoração. Lá, o painel representa toda a história de vida da cliente e foi concebido por meio de uma única linha, saindo de um ponto da parte inferior da escada e terminando em um ponto da parte superior, com a utilização de imagens marcantes, como imagens da catedral de Brasília, cidade natal da proprietária e que traz agradáveis lembranças.

“Todas as pessoas que vêm me visitar já se impressionam com a escada, acham o trabalho belíssimo mesmo sem entender que ela traduz fatos importantes da minha vida, como o local onde eu nasci”, afirma a proprietária do imóvel, Luiza Fernandes.

Em outra cobertura de São Paulo, seguindo essa mesma linha de personalização, o painel reuniu símbolos marcantes na vida da família proprietária do imóvel, como o desenho de pedaços de pizza que identifica o forno à lenha, estrela do mar para relembrar as viagens, um atleta na linha de chegada de uma maratona, que representa as corridas pelo mundo que o proprietário tem como sonho, os cristais que são importantes na vida da proprietária e o coração que simboliza a filha do casal, pois a menina tem esse símbolo como marca registrada em todos os desenhos que faz.

Já em outro imóvel na Vila Mariana, também em São Paulo, a cliente, que aprecia muito a cor roxa, queria que seu apartamento fosse contemporâneo com o predomínio da sua cor favorita, além disso, o painel também foi inspirado num cano de pvc da parede do banheiro, logo o tema foi canos.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Cobertura ganha nova vida com projeto personalizado desenvolvido pelo EB-A

Com profissionalismo, ousadia e exclusividade, o EB-A transforma qualquer espaço em um ambiente aconchegante.

Por Revista Sim!

O EB-A – Espaço Brasileiro de Arquitetura, fundado em 2007, mostra ao mercado brasileiro uma arquitetura diferenciada e contemporânea e traz mais uma novidade: o serviço de personalização de espaços.

Autenticidade e elegância

Com um atendimento vip e ágil, além da preocupação com questões ambientais, a equipe da EB-A altera qualquer ambiente para se adequar ao gosto e às necessidades dos clientes. O projeto mais recente foi a reforma de uma cobertura de 130 metros quadrados, localizada na Zona Sul de São Paulo.



A execução do projeto durou quatro meses e, nesse período, o apartamento de aspecto antigo foi modificado para um ambiente aconchegante, rústico e ao mesmo tempo contemporâneo, atendendo todas as expectativas da principal interessada no assunto, a proprietária do imóvel.

Estudo de vida para tornar o Ambiente personalizado

“Nesse projeto, a meta era valorizar a simplicidade, a autenticidade e a elegância. Por isso, a decoração estabeleceu um contraste entre cores dominantes, a utilização do cimento queimado como revestimento principal e a dispersão de vários elementos, o que tornou possível a criação de cenários ecléticos e acolhedores”, relata Gláucio Gonçalves, arquiteto e fundador do EB-A.




História do cliente

Para deixar o projeto bem personalizado, a equipe do EB-A estudou a história de vida da cliente e, a partir das informações, modificou os ambientes do apartamento. Um dos principais diferenciais foi a configuração da escada, um ambiente em que não há muitas opções de mudanças.



"A escada estabelece um ponto forte e dinâmico na decoração. O painel feito pelo diretor de criação Eduardo Alberti nesse local representa toda uma história de vida da cliente e foi concebido por meio de uma única linha, saindo de um ponto da parte inferior da escada e terminado em um ponto da parte superior”, revela o arquiteto.

“As pessoas que vêm me visitar já se impressionam com a escada, acham o trabalho belíssimo mesmo sem entender que ela traduz fatos importantes da minha vida, como o local onde eu nasci”, afirma a proprietária do imóvel.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Adeus casa velha

Mudanças estruturais no imóvel criam novos espaços e eliminam outros pouco usados

Por Cristiane Capuchinho

Aliar plantas com amplas áreas a preços mais módicos do que os de lançamentos é a vantagem do apartamento antigo. Dar uma cara atual à unidade com mais de 30 anos, porém, implica alterar mais do que revestimentos: é necessário mudar a divisão e a função dos cômodos.



Quartos sem banheiro, cozinhas grandes, quarto de empregada na área de serviço e corredores que dividem a área social da íntima são comuns nas plantas que têm história. Para atualizá-las, paredes abaixo e muita disposição para surpresas.
"O mais complicado é não ter planta estrutural. É comum descobrir colunas e pilares durante a obra e ter de alterar o projeto", conta a arquiteta Cristina Lopes.
O proprietário deve estar preparado para uma obra que nem sempre tem dia certo para acabar.




Na reforma de um apartamento nos Jardins (zona oeste), a arquiteta deparou-se com um vazamento na coluna do prédio de 40 anos.

"Tive de entrar em contato com o síndico, pois era necessário trocar toda a coluna de água do edifício para resolver o problema", conta.

Mas os percalços do caminho valem o resultado. Depois de um ano de obra, o apartamento de 170 m2 ganhou uma sala ampla, com "home theater" e um espaço para o bar. Os quartos foram transformados em duas suítes maiores.

INTEGRAR

As vigas descobertas durante a reforma foram disfarçadas com o teto rebaixado em alguns ambientes. "É a vantagem do pé-direito alto", considera Lopes.

Na casa do consultor de empresas João Arthur Andrade, 50, a sala de estar e a varanda eram pouco usadas. "O espaço era escuro, parecia a casa da vovó", brinca.

A reforma ampliou a sala para a varanda. O degrau que separava o espaço externo sumiu com a colocação de um piso de madeira que segue o padrão do da sala.

"A varanda era de pastilhas, a caixa de madeira deu um ar moderno ao espaço, que virou ponto de encontro", diz a arquiteta Adriana Helú. O problema da iluminação foi resolvido com uma régua de luminárias, que divide os pontos de luz da sala.



"É legal saber a história do imóvel e incluir isso no projeto", sugere o designer de interiores Gláucio Gonçalves. Na proposta feita a pedido da Folha para um apartamento de 60 anos, Gonçalves integrou a sala à cozinha e aproveitou as cores primárias para dar um ar retrô ao local.

ESPAÇO DE ESTAR A sala de estar de João Arthur Andrade, 50, e Jacy Braga, 48, foi modernizada. O acabamento brilhante da madeira foi raspado, integrando o piso à varanda

TRUQUES A arquiteta Cristina Lopes retirou paredes e escondeu as vigas que havia na sala mudando a altura do teto para cada ambiente

FUTURO O projeto de Gláucio Gonçalves para o apartamento de dois quartos de Íris Silva Oliveira, 26, integra sala e cozinha para ampliar o espaço e dar um ar jovial

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Arquitetura popular brasileira

Por Evelyn Carvalho

Um novo debate acerca do programa do Governo Federal “Minha Casa, Minha Vida” aborda uma questão tão importante quanto a diminuição do déficit habitacional no Brasil: a qualidade das residências que serão construídas destinadas à população de baixa renda.

Passados anos de recessão, uma herança cultural de procedimentos técnicos, ações políticas e busca por contratações pelo menor preço configuraram um perfil de implantação de empreendimentos residenciais populares que compreende grandes glebas fechadas em condomínios com edificações aglomeradas, instaladas repetidas vezes nos terrenos, sem evidenciar preocupação com a oferta de espaços livres e de uso comum – e tampouco sua inserção no contexto urbano.

O novo pacote habitacional apresenta-se como uma oportunidade para fugir desta concepção, pela sua própria escala. No âmbito federal, a previsão é de que o programa movimente R$ 34 bilhões e promova a construção de 1 milhão de moradias no país. O plano não define diretrizes e parâmetros de projeto arquitetônico e urbanístico, nem formata modelos de contratação e análise de projetos. Entretanto, por ser calcado no incentivo à iniciativa privada, pode promover um impulso nos projetos de arquitetura, visto que não há padronização entre as construções. “As categorias profissionais que atuam diretamente com projetos deverão agir no sentido de enfatizar, esclarecer e educar, sobretudo o poder público, sobre o real valor dos projetos de arquitetura e urbanismo nesta empreitada”, avalia a arquiteta Adriana Blay Levisky, do escritório Levisky Arquitetura.

Para o programa ter êxito, Adriana aposta no fortalecimento do papel do gestor público: “seria desejável aplicar um precioso método de avaliação dos escritórios com potencial de contratação, bem como dos projetos realizados, assegurando qualidade arquitetônica e urbanística às propostas apresentadas, e posteriormente garantindo qualidade de execução, minimização de manutenções futuras e sua integração com redes de infraestrutura”.

Nabil Bonduki, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (FAU-USP), avalia que a melhoria dos projetos apenas se dará se o problema habitacional for encarado por meio de uma ação que vise o longo prazo. Com objetivos imediatos de atender à demanda por imóveis de baixo custo e de movimentar o setor da construção, a qualidade do projeto pode ficar em um segundo plano. “O que tem acontecido com muita frequência é que não se valoriza o projeto, mas as obras, os prazos e os resultados”, alerta Bonduki.

Conforme o professor, o programa se destaca por ter colocado a questão da habitação popular em um plano importante: “Os próprios estudantes darão relevância à questão, fazendo com que haja mais gente formada com a qualificação necessária para este tema”.

Desmistificação

Para o arquiteto Yuri Vital – um dos vencedores na categoria “Habitação de Interesse Social” no Prêmio IAB-SP 2008 com o projeto Box House –, este é o início de uma “democracia da arquitetura”. Vital enfatiza que este é o público que mais necessita de bons projetos. “Todos desejam desfrutar de uma moradia digna, funcional e bela. É importante desmistificar a ideia de que estes aspectos são superficiais e apenas acessíveis para as classes mais abastadas, pois é possível construir com qualidade técnica e padrões estéticos inclusive com baixo custo. Cabe ao arquiteto buscar a beleza na simplicidade e na pureza”, ressalta o profissional.

Simplicidade e pureza estão no projeto de habitação popular que Vital concebeu para a região da Brasilândia, periferia de São Paulo. Entre as soluções, para sustentar uma ambiciosa laje em balanço que confere leveza à fachada das 17 unidades, o arquiteto mesclou alvenaria estrutural à estrutura convencional.
Fernando Forte, do escritório Forte, Gimenes & Marcondes Ferraz Arquitetos, responsável pelo projeto “Habitação Social” em Lins, no interior de São Paulo, vê como benéfica a concorrência que o programa criará neste nicho de mercado. “A competição vai fazer com que os construtores busquem realizar projetos diferenciados, inclusive com soluções sustentáveis”, diz Fernando. O projeto do escritório também recebeu do IAB uma menção honrosa na categoria “Habitação de Interesse Social”.

É consenso que um projeto que preveja ações e estratégias previne o desperdício de materiais e evita o retrabalho, o que viabiliza uma execução mais eficaz da obra ao minimizar tempo e custos. Segundo Yuri Vital, o segredo para uma parceria mais vantajosa com fornecedores é a frequência e o detalhamento do projeto. “Trata-se de uma relação de trocas e de confiança. Quanto mais se utilizar suprimentos de um mesmo fornecedor, mais barato fica o montante final”, acredita.

Do ponto de vista técnico do projeto, os especialistas apontam como fatores fundamentais para o aprimoramento de uma habitação popular a sua flexibilidade, bem como a garantia de condições de segurança, salubridade, higiene, dignidade, inserção urbana e social, boa iluminação, ventilação, acessibilidade, possibilidade de futuras adequações e expansões de forma tecnicamente adequada, segura e respeitosa com o entorno.

O arquiteto Ruy Ohtake afiança que tanto procura atuar em projetos de alto padrão quanto se engajar em ações que promovam a melhoria da qualidade de vida de moradores das regiões periféricas de São Paulo. O profissional, por exemplo, destaca em seu projeto de conjunto habitacional para o bairro de Heliópolis a integração das diferenciadas fachadas e volumetria à paisagem urbana: “O importante é que a tipologia se integre de forma bonita à cidade”, declara Ohtake. Essa integração se dá em termos formais e estéticos e também no oferecimento de serviços e atividades conexas – escolas e postos de trabalho, entre outros.

Guetos urbanos

“De nada adiantará se fazer cumprir a meta de implantação de 1 milhão de unidades se estas compuserem guetos urbanos”, ressalta a arquiteta Adriana Leviski. Junto ao arquiteto Eduardo Martins Ferreira, ela concebeu o projeto – também laureado pelo IAB – do Loteamento Rubens Lara, na cidade paulista de Cubatão. Este trabalho propõe a convivência e usufruto de espaços de lazer, cultura, comércio, serviços, saúde, educação e transporte público.

Ao loteamento, foi destinada uma área de 197.475 m2 para a implantação de um conjunto habitacional. A elaboração do projeto foi norteada pelas questões urbanas, sociais e ambientais do local. A ideia é construir aproximadamente 1.850 unidades habitacionais, garantindo a integração de diversos pequenos condomínios ao contexto urbano já existente e consolidado nas imediações. O sistema viário proposto partiu da interligação de eixos viários existentes, dispondo de hierarquia de vias para transporte público, automóvel, bicicletas e pedestres.

Os condomínios projetados para Cubatão tiveram como premissa um número máximo de unidades, nunca superior a duzentas, visando a facilidade administrativa dos condôminos após sua ocupação. Foram propostas quatro tipologias que, com pequenas variações e tratamento diversificado de fachadas, pretendem oferecer ao transeunte riqueza visual e identidade a cada quadra do loteamento. O intuito é configurar o projeto como um novo bairro e não como um único conjunto habitacional apartado de sua vizinhança. Buscou-se a implantação de quadras institucionais, áreas verdes e de lazer e quadras comerciais, transformando a intervenção em tecido integrado à malha urbana existente, oferecendo atividades e usos mistos junto às áreas residenciais.

O desenho universal foi aplicado às unidades residenciais e também às áreas comuns e públicas. “Um projeto configurado desta forma representa oportunidades reais de qualificação dos espaços privativos e públicos”, diz Adriana.

O projeto de Fernando Forte para Lins segue o mesmo princípio de tipologias diferenciadas. Lá, as casas geminadas têm entre 50 e 80 m2, possuem recuo lateral e uma varanda. Na fachada, o jardim linear cria um espaço semipúblico e um painel a ser personalizado foi colocado em cada residência à disposição dos moradores. As salas se voltam para os fundos, para que a parte externa seja uma extensão da sala. O posicionamento das portas e janelas permite uma ventilação cruzada.

Sustentáveis

A questão ambiental foi fundamental para que Gláucio Gonçalves e Marcos Eduardo da Silva, do EB-A (Espaço Brasileiro de Arquitetura), criassem o Singular, um projeto piloto que prevê a construção de imóveis populares com foco na sustentabilidade. O objetivo dos idealizadores é aliar o aspecto socioambiental a um projeto economicamente viável, tanto para os futuros construtores como para os moradores. “A ideia é buscar mais a questão humana. Fazer um lugar do qual a pessoa tenha orgulho, tenha vontade de voltar para casa após um dia de trabalho, onde ela possa criar os seus filhos”, ressalta Gláucio Gonçalves.

O arquiteto avalia que a questão ambiental não costuma ser privilegiada pelos programas, mas representa um grande desafio – e uma responsabilidade – para quem atua em um país repleto de recursos naturais como o Brasil. Basta pensar no impacto que a construção de 1 milhão de casas terá sobre o meio ambiente.

Dentro do Singular, para uma área de 50 mil m2 seriam projetados 600 apartamentos. As construções possuem teto verde, o que melhora a qualidade do ar e contribui para a redução do efeito de ilha de calor. Há ainda a utilização de energia solar para o aquecimento dos chuveiros, sistema de reutilização de águas pluviais na manutenção e limpeza dos edifícios, coleta seletiva de lixo, preservação de espécies nativas, acessibilidade, conforto ambiental, além de modulação e racionalização de alvenarias.

Para os profissionais de arquitetura, o programa “Minha Casa, Minha Vida” constitui, acima de tudo, uma chance de atuação para à construção de uma sociedade melhor. “Vejo o arquiteto como planejador do conforto, da segurança e da beleza, sendo esta a nossa forma de atuar pela população. Quanto mais democratizada for a arquitetura, mais visível será a nossa contribuição para a sociedade”, afiança Yuri Vital.