terça-feira, 31 de maio de 2011

Dez dicas para reformar pequenos espaços



Com os apartamentos cada vez menores, fica difícil conseguir espaço e, principalmente, deixá-lo bonito, amplo e aconchegante. Tudo que ninguém quer é aquela impressão de que móveis e objetos estão empilhados, mais parecendo uma enorme bagunça. Na hora de iniciar a reforma, vários aspectos devem ser analisados antes de sair mexendo em tudo. O arquiteto e designer Glaucio Gonçalves, fundador do EB-A – Espaço Brasileiro de Arquitetura –, dá algumas dicas.




1. Leve em consideração todos os hábitos, hobbies e necessidades de quem mora no espaço;
2. Não se esqueça do estilo – pense naquilo que mais tem a ver com a sua personalidade;
3. Faça um levantamento do mobiliário existente. Tente reaproveitá-lo, dando novo uso ou aparência a eles;
4. Faça uma estimativa dos gastos para adequar o projeto às necessidades;
5. Caso a reforma seja realizada em todo o apartamento, faça um planejamento para que seja executada em etapas;
6. Decore deixando os espaços funcionais e práticos para que no dia a dia fique o mais organizado possível;



7. Integre a cozinha à sala e à área de serviço. Assim, consegue-se uma maior amplitude e iluminação;
8. Crie ambientes aconchegantes através de uma iluminação adequada;
9. Separe os ambientes de forma sutil, seja através de cortinas em voal, com o auxílio do mobiliário ou apenas por diferentes tipos de piso;
10. Utilize materiais e revestimentos de fácil aplicação, como papel de parede, laminados e cortinas. Além de serem práticos, permitem uma mudança rápida e de impacto.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Pouco espaço, muita criatividade e conforto

Num apartamento com apenas 30 m², aproveitar cada ambiente é fundamental



Com a procura cada vez maior por imóveis de um quarto, designers e arquitetos têm se preparado para essa nova demanda do mercado. Deixá-lo com a cara do cliente, prático e moderno, mas acima de tudo aconchegante, nem sempre é tarefa fácil, principalmente quando se tratam de 30 m². Essa foi a missão do arquiteto Glaucio Gonçalves, do EB-A – Espaço Brasileiro de Arquitetura.


Localizado na Chácara Klabin, zona sul da capital paulista, o apartamento, tipo estúdio, foi projetado para quem mora sozinho e, apesar do pouco espaço, não abre mão do conforto. Todo o projeto foi feito em etapas, já que o proprietário continuava morando no apartamento, mesmo durante a execução.



Em seus projetos, Gonçalves sempre respeita o meio ambiente. Exemplos são os armários da cozinha, todos reaproveitados, trocando apenas os revestimentos e a utilização de laminado, na sala e no quarto, e tecnocimento, na área de serviço e cozinha, sempre por cima do piso existente, diminuindo a quantidade de entulho. Além disso, um futon em cor laranja, que antes era utilizado como cama, ganhou nova utilidade. Transformou-se no assento do sofá, que foi todo estruturado com caixas de feira pintadas de preto.



Glaucio buscou aproveitar ao máximo todos os espaços. Na cozinha, em vez de optar por um fogão, foi usado um cooktop de 2 bocas. Na sala, uma cortina em voal branco divide o espaço em dois ambientes, dando leveza e integrando-a ao quarto, onde foi utilizado uma cama box com baú embaixo para compensar a falta de espaço para armários no apartamento.



Outro detalhe na decoração do apartamento é a harmonização dos ambientes. O tanque da área de serviço foi embutido no granito preto, dando continuidade à decoração da cozinha. Na sala, um papel de parede em listras tom pastel compõe com a tonalidade do piso. No lavatório, a decoração em tons de preto e branco harmoniza com os armários da cozinha.



Apesar do pouco espaço, o trabalho realizado por Gonçalves tornou o apartamento funcional, moderno e aconchegante, exatamente como o proprietário queria. E o melhor, evitando os transtornos da busca por um novo imóvel.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Arquitetos do Mundo

Por Anne Galvão

Movimentos estéticos como o Futurismo e o Modernismo, inspirados pela arquitetura de Le Corbusier, Walter Gropius, Mies Van Der Rohe e Frank Lloyd Wrigth, criaram no Brasil da década de 1920 um grupo revolucionário de engenheiros que revelaria nomes como Lucio Costa e Oscar Niemeyer, dupla responsável pelo projeto e construção de Brasilia, a capital federal. Além de Niemeyer, consagrado como um dos gênios da arquitetura de todos os tempos, nomes como o da ítalo-brasileira Lina Bo Bardi, que se destacou pela autoria do prédio do Museu de Arte de São Paulo (Masp), ajudaram a consolidar a arquitetura brasileira.

Agora, décadas depois desse primeiro movimento, um novo time de profissionais criativos está revigorando a arquitetura atual e conquistando novos mercados, pincelando de impressões brasileiras as construções empresariais e civis da África, Estados Unidos e Europa. O fenômeno se explica por diversos fatores a começar pelo histórico de políticas de bom relacionamento comercial do Brasil com os países, somado à flexibilidade e criatividade características dos profissionais brasileiros.
Um dos atuais exemplos de sucesso da arquitetura nacional é Débora Aguiar. Ela assina os projetos dos escritórios de Impsat em São Paulo , Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Curitiba, além de empresas como Optiglobe, Tess e AT&T. Débora começou a atuação no exterior em 1993, com a implementação de uma grande residência em Orlando, nos Estados Unidos. A partir daí, as portas se abriram.

O projeto foi tão bem escrito que trouxe mais clientes para construções residenciais e corporativas em Miami, Montreal, Orlando e Buenos Aires. “Em 2006 o nosso trabalho no mercado imobiliário em São Paulo e no Rio de Janeiro atraiu investidores americanos canadenses e sul-africanos para projetos de mercado imobiliário nos Estados Unidos, Canadá, Espanha, África do Sul e Dubai”, explica.

Com 18 anos de profissão, atualmente Débora lidera projetos brasileiros que estão em andamento ou em fase de execução em Angola, na África. “O jogo de cintura, aliado à velocidade e iniciativa para oferecer soluções é nosso diferencial. Nós, brasileiros, somos mais flexíveis e propícios a trabalhar com imprevistos, e isso é um atrativo para os estrangeiros. O investidor que contratar um profissional que ofereça experiência e soluções com segurança e excelência no planejamento, desde a concepção da criação ao planejamento, além de cronogramas, controle de budgest, montagem final e entrega do projeto”, argumenta a arquiteta.

Ela aponta uma variável de 20% a 30% de acréscimo em projetos internacionais frente aos nacionais, sendo a mesma porcentagem de lucro sobre um projeto de urgência no Brasil. “Um projeto bem resolvido em todas as suas etapas significa uma economia e tanto para o investidor em controle de prazos e disponibilidade financeira”.
O Espaço Brasileiro de Arquitetura (EB-A) ganhou a concorrência para o desenvolvimento do estande da petrolífera Esso Angola na Feira Internacional de Luanda, capital do País, em 2006. O sucesso do projeto no pavilhão iniciou uma série de trabalhos realizados em Angola, inclusive a contratação de serviços de decoração e reformas por clientes físicos, o que impulsionou a abertura da primeira filial do EB-A no exterior.

Apesar do sucesso, Gláucio Gonçalves, arquiteto fundador do EB-A, sente as dificuldades de atuar em um território peculiar. “Angola vive um período delicado em seu processo de desenvolvimento e tem um custo de vida altíssimo. Em função disso, planejamos todos os projetos no Brasil, de modo a possibilitar que a filial ofereça preços muito abaixo do padrão angolano. Os custos dos projetos têm uma variação geralmente 30% mais alta do que se aplica no mercado brasileiro”.

No sudoeste do continental africano, Angola esteve devastada desde 1961, a princípio pela luta contra o colonialismo de Portugal e depois pela guerra civil atracada entre os partidos que formavam os movimentos de libertação. Como conseqüência, o País está em um processo acelerado de desenvolvimento para remediar tanta miséria.
Em Angola, o EB-A tem trabalhado empreendimentos residenciais, comerciais e de design de interiores. “A execução de qualquer projeto aqui é muito complicada, devido à carência de materiais e mão de obra qualificada. A maioria dos materiais é importada, fazendo com que o custo do metro quadrado da construção civil em Angola seja um dos mais caros do Mundo.” Gonçalves cita o exemplo de uma casa de aproximadamente 160 metros quadrados com dois dormitórios e uma suíte, no bairro Nova Vida, na capital Luanda. “Pode ser vendida a U$ 900 mil e alugada a U$ 10 mil mensais, com um pagamento antecipado de seis meses.”

O tempo para a execução de um projeto deste porte varia muito, principalmente pela demora para a liberação de materiais congestionados no porto. “É muito importante que o projeto seja feito em parcerias com as empresas locais que executarão a obra, para agilizar o processo.”

O governo angolano investe na diversificação da estrutura do Produto Interno Bruto (PIB), que hoje depende essencialmente do petróleo e diamantes. A oportunidade fez com que as vendas brasileiras para esse mercado fértil alcançassem quase US$ 2 bilhões em 2008. O País ocupa agora a 24º posição entre os destinos das exportações brasileiras, à frente de países como Canadá, África do Sul e Austrália.
“Absolutamente tudo, de armários a copos e roupas de cama, é exportado. Lá eles vendem o apartamento completo e, por isso, precisamos deixá-lo perfeito para receber um morador”, conta Débora.

A concorrência entre os arquitetos disponíveis enfatiza a criatividade e a eficiência no desenvolvimento e execução dos projetos com grandes diferenciais da arquitetura brasileira do mercado exterior. “Os angolanos gostam muito da arquitetura brasileira. Angola está no hemisfério sul, no paralelo de Recife, o que acredito ser relevante, pois é uma realidade próxima da nossa”, explica o arquiteto.
Gonçalves também esclarece que o EB-A busca incorporar conceitos sustentáveis em todos os projetos realizados o que contribui para o crescimento da empresa. “Temos como filosofia tornar imprescindível a utilização de aspectos sustentáveis mínimos para a preservação de empresas, sob o ponto de vista do mercado e do compromisso social. Essas preocupações certamente permitiriam a infiltração do EB-A no mercado angolano.”

Arquiteto elaborador de projetos um tanto característicos, Arthur Casas ganhou o primeiro lugar do Best City Hotel, nos EUA, em 2000, e o Red Dot Design Award, prêmio alemão, por uma linha de cutelaria e jantar em 2008, além de diversos prêmios nacionais. Interessado em ampliar mercado, ele abriu um escritório nos Estados Unidos em 1999. “Escolhi Nova York por ser uma cidade cosmopolita internacional, não só americana. É um dos centros do Mundo, para onde as pessoas que fazem negócio costumam ir ao menos uma vez ao ano. Além disso, a diferença de fuso horário é pequena em relação ao Brasil e há uma facilidade de locomoção devido à grande quantidade de vôos daqui para lá e vice-versa.

Casas contratou uma agência para ajudar na divulgação de seus trabalhos e ia pra Nova York uma vez ao mês, até as coisas deslancharem. Atualmente, ele administra o tempo entre projetos residenciais e coorporativos para qualquer lugar do Mundo, e o faz com extrema facilidade. “Como arquiteto, não preciso mais viajar tanto, mesmo que os investidores nem sempre sejam locais. Tenho um projeto em Paris, por exemplo, mantido por um grupo da Venezuela. Ligo, mando emails, faço videoconferências com o cliente. Temos a tecnologia a nosso favor”, afirma.

Por conta da crise, o arquiteto tem muitos projetos parados nos EUA, fato menos usual no Brasil, segundo ele. “No Brasil não sinto crise alguma na arquitetura, pois trabalho com clientes elitizados. A crise deve afetar mais quem depende de financiamentos.”

Ainda assim, um projeto de sua autoria em Nova York tem uma margem de lucro que varia entre 20% e 25% sobre o valor da implementação. “Como base de cálculo, em um apartamento de 250 metros quadrados, de altissímo padrão, em que o cliente pretende investir US$ 1,5 milhão, o projeto sai por aproximadamente US$ 375 mil. Aqui, um projeto deste mesmo padrão renderia 100 mil reais.”

Projetos deste porte levam cerca de um ano para serem concluídos, por conta de complicações no andamento da aprovação final. Apresentação, conceito, orçamento e execução passam por uma série de etapas de aprovação que vão desde a prefeitura local até a comissão de donos dos apartamentos no caso de um condomínio residencial. “O arquiteto brasileiro tem jogo de cintura e flexibilidade para mudar o projeto quando necessário, é fácil de lidar. Isso ajudou o Brasil a entrar no circuito internacional.”

Ele esclarece que muitas vezes a busca de estrangeiros por arquitetos brasileiros é resultado da busca por um profissional bom e barato. “Nos Estados Unidos, por exemplo, alguns arquitetos brasileiros chegam a cobrar um quinto do valor que os profissionais americanos cobram, sendo que um projeto fora do próprio País implica várias responsabilidades a mais.”

Um concurso para eleger o projeto do pavilhão brasileiro na Exposição Universal, um dos mais importantes eventos do calendário global – juntamente com a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos -, foi realizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportadores e Investimentos (Apex – Brasil) em conjunto com a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA).

Em aliança à classe comercial de áreas específicas, a Apex – Brasil cria meios de incrementar profissionais brasileiros no cenário internacional para fortalecimento da imagem. No caso da arquitetura brasileira, se esforça para construir um ambiente favorável ao desenvolvimento de uma cultura exportadora.

A edição 2010 da exposição será em Xangai, na China, e entre os 65 projetos inscritos no concurso, o do arquiteto Fernando Brandão foi escolhido. “Desenvolvimento Urbano com Qualidade de Vida” é o tema da Expo Xangai, que ocorrerá de 1º de maio a 31 de outubro de 2010 e contará com a participação de 173 países.

Débora Aguiar esclarece que o tema sustentabilidade não é modismo. “É determinante. Hoje o investidor tem consciência das vantagens que isso pode proporcionar no resultado final do seu lançamento ao oferecer conforto, bem-estar e aumento da qualidade de vida.” Engrossando o coro, Casas acrescenta: “materiais sustentáveis chegam a aumentar em 10% o custo sobre valor total do imóvel, mas é um investimento que se paga e é muito valorizado globalmente.”

Projeções da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que até 2030 cerca de 60% da população mundial viverá em cidades. Esta realidade traz um novo desafio aos arquitetos e reafirma a importância da profissão. O que se prevê, então, é um novo formato no planejamento urbano, com uma gestão focada na melhoria da qualidade de vida dos complexos centros urbanos, tendo como base a preservação ambiental e funcionalidade, sem deixar de lado a estética. E os arquitetos brasileiros estão garantindo o seu lugar.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Brasil precisa planejar e convencer empresários para liderar em moradia popular sustentável

Por Alexandre Spatuzza

O boom do setor da construção civil, calcado no esforço governamental para reduzir o déficit habitacional de 7 milhões de moradias, poderá tornar o país em exemplo de construções populares de menor impacto ambiental e maior qualidade se as iniciativas de políticas públicas, e até empresariais, conseguirem vencer a falta de capacitação e convencer os empresários da viabilidade econômica a longo prazo dos projetos.

Historicamente, a incorporação de novas tecnologias e técnicas sempre representam um fator de risco para empresários, que vêm nelas maiores custos e possibilidade de erros em projetos que, em última instância, reduzem o retorno dos investimentos.

No entanto, planejamento e um amplo programa de treinamento pode tornar ubíquitas soluções que reduzam impactos ambientais e melhoram a eficiência energética do ambiente construído, até agora relegadas a setores altíssima renda.

Mas, na maioria dos casos, não estamos falando de tecnologias inéditas, e sim de tecnologias testadas e simples, como aquecimento solar, sistemas de captação e reuso de água, equipamentos que trazem mais eficiência no uso de água e eletricidade como medidores individualizados, sensores em áreas públicas e torneiras e descargas que controlam o fluxo de água e até projetos arquitetônicos que melhoram a iluminação e ventilação natural das unidades de moradia.

"Estamos falando de reduções no custo da manutenção do edifício durante décadas de 30% em diante, que para a baixa renda é garantia de poder pagar as prestações e sobrar dinheiro para outras atividades," explicou Gláucio Gonçalves, do escritório de arquitetura Espaço brasileiro de Arquitetura (EB-A) de São Paulo, que busca financiadores para construir um projeto para um conjunto habitacional visando exatamente o setor de baixa renda.

Além disso, durante a construção, podemos vislumbrar a adoção de técnicas, processos e tecnologias que reduzam o uso de água, a geração e reuso de resíduos, além de organizar as compras de materiais localmente.

"Temos estudos que estas técnicas podem reduzir em 50% dos custos de materiais como brita, areia e cimento," disse Jean Benevides, gerente de sustentabilidade da Caixa Econômica Federal. "O custo de alugar uma maquina ou alocar trabalhadores para triturar ou peneirar os detritos podem ser compensados pela redução dos custos nas compras e na contratação de caçambas".

Para Benevides, este é um ganho importante para o meio ambiente, pois nas cidades brasileiras, não só os caçambeiros têm que viajar dezenas de quilômetros para dispor dos dejetos em aterros de inertes, mas por que a falta de espaço encarece cada vez mais.

A importância de buscar sustentabilidade na construção de habitações populares se faz cada vez mais relevante frente ao agravamento do problema das mudanças climáticas e ao fato que a maioria das habitações a serem construídas será nas faixas mais populares.

Das 1 milhão de casas do programa Minha Casa Minha Vida, nada menos que 400 mil serão para faixas populares até três salários. Levando em conta que o setor de construção civil consome cerca de 40% de todas as matérias primas, 20% do consumo de água enquanto é responsável por 30% da geração de resíduos e, durante a construção e operação dos edifícios é responsável por 35% da energia consumida, o impacto deste projeto é enorme.

Isto sem contar que o setor de cimento e siderúrgicos, é um dos maiores emissores de carbono no Brasil, respondendo juntos por 7% das emissões de gases efeito estufa, devem ser os setores que mais crescerão e emitirão nos próximos anos.

Sendo assim, um estudo da consultoria McKinsey&Company identificou oportunidades de redução de emissões de 8,5 milhões de toneladas de CO2 até dos 2030, dos quais 25% podem vir de melhoria no sistemas de iluminação, 25% na troca de sistemas de aquecimento de água, outros 20% virão de melhorias no isolamento térmico dos edifícios e mais 35% de eletrodomésticos e eletroeletrônicos mais eficientes.

No entanto, o grande desafio é convencer os empresários a olhar os retornos no longo prazo, tanto em satisfação do usuário de sua habitação, que podem diferenciar seus projetos num mercado altamente competitivo e regionalizado, quanto em em redução de risco frente as novas e mais restritiva legislação ambiental.

"Cada vez mais a legislação ambiental vai obrigar o uso de novas tecnologias que reduzam o impacto ao meio ambiente das atividades econômicas," disse Oren Pinsky, administrador do fundo cleantech (tecnologias limpas) da casa de investimentos paulistana Stratus que estudou investir em prédios verdes no lançamento de fundo de R$60 milhões em 2002.

Mas nos canteiros de obras, o que se vê é uma corrida para fazer prédios rapidamente, de baixíssimo custo, altíssima densidade de ocupação do terreno para garantir que, do lado das construtora, o lucro venha tanto da venda da unidade, quanto do número de unidades vendidas, e, do lado do poder público, ganhos políticos de realocar o máximo de pessoas possíveis em programas habitacionais públicos.

O desafio, conforme explicaram os especialistas, é de garantir o equilíbrio entre a qualidade ambiental e a viabilidade financeira. No programa nacional Minha Casa Minha Vida, os planejadores têm que fazer um malabarismo para possibilitar a adoção de técnicas de construção adequadas às normas de qualidade e ambientais, garantir o retorno para as construtoras, esticar o colchão curto dos subsídios tudo dentro de unidades que, nos centros urbanos, tem que custar para mutuário não mais de cera de R$50 mil por unidade e restringir a prestação mensal a não mais de 10% da renda mensal de famílias entre 0 a três salários mínimos – ou seja, prestações que atinjam no máximo cerca de R$200 por mês.

ACESSO A SERVIÇOS PÚBLICOS

Além disso, tanto por causa do Estatuto das Cidades, quando pela incorporação de conceitos de urbanismo e econômicas, hoje se busca localizar os projetos em áreas já dotadas de infraestrutura social e urbana como saneamento básico, transporte e equipamentos públicos de saúde, educação e lazer.

"Afinal, esta população é a maior cliente dos serviços públicos," lembrou Liane Makowski, coordenadora de um concurso tipologias sustentáveis desenvolvido pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil de São Paulo e a Companhia de Desenvolvimento e Habitação Urbana do Estado de São Paulo (CDHU).

Para Roberto Kauffmann, presidente do Sindicato da Indústria de Construção Civil do Rio de Janeiro (Sinduscon-RJ), o dilema tem que ser solucionado com um aumento no subsídio governamental para os mutuários, possibilitando a majoração do preço final da moradia.

"Estamos discutindo isso com o governo, mas provamos que é possível adotar tecnologias sustentáveis para construções de baixa renda," disse.

Em parceria com o a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), foi elaborado um projeto piloto na orla degradada as ferrovias, perto da Avenida Brasil na capital fluminense, com um projeto que visa melhorar a qualidade de vida localizada em áreas já bastante urbanizadas que conta não só com edifícios de no máximo cinco andares, com ocupação de até 50% do terreno, arborização nos estacionamentos, reuso de água e espeço para gerenciamento de resíduos recicláveis.

Além disso, disse Kauffmann, é importante botar materiais de revestimento com alta durabilidade, pois reduz o custo da manutenção, fator importante para famílias de baixa renda, e prevê projetos de assistência social para os moradores. O preço final: de R$130 mil, ou seja, R$60 mil a R$70 mil por unidade a ser financiado.

A viabilidade também é garantida pela redução de impostos municipais e tarifas burocráticas já aprovadas na cidade para projetos de habitação popular.

"É totalmente viável, mas o construtor tem que se satisfazer com um margem de lucro de 15% a 20%, que é uma margem muito boa pois ganha no volume," disse.

HISTÓRICO CONDENÁVEL, LIÇÃO APRENDIDA?

O histórico da habitação popular no Brasil pode ser condenável pela sua falta de alcança e efetividade, mas dele os planejadores e pesquisadores de hoje têm tirado lições importantes que agora começam a ser levadas em conta nos novoas programas habitacionais dos municípios, estados e do governo federal. Podemos chamar da síndrome da Cidade de Deus, filme que teve como plano de fundo um projeto de habitação popular dos anos 50 que, por ser afastado do centro , foi favelizado e ocupado pelo crime organizado.

Não obstante esta estigmatização da população de baixa renda, que, neste projetos, foram deslocados para a periferia das grandes cidades longe de trabalho e familiares, a qualidade da habitação deixou muito a desejar. Segundo estudos acadêmicos, arquitetos e engenheiros identificaram falhas desde rachaduras, infiltração, revestimentos soltando até desconforto térmico e acústico, portas e janelas pequenas que inibem ventilação e iluminação natural e estruturas que não condizem com os hábitos culturais dos moradores.

Um estudo de 2009 feito por James Roque da Universidade de Campinas sobre a qualidade do material usado concluiu que 38% dos projetos habitacionais estudados tinham algum problema estrutural excedendo a tolerância de 5% pelos manuais técnicos da Caixa Econômica Federal.

Além disso, um trabalho apresentado pela equipe liderada pela pesquisadora Eleonora de Assis da Universidade Federal de Minhas gerais em setembro de 2009 no II Congresso Brasileiro de Eficiência energética mostrou que os edifícios de habitação popular causam extremo desconforto térmico e aumentam o uso de eletricidade para ventilação e iluminação. Os pesquisadores constataram que no verão, abrir portas e janelas não é suficiente para refrescar o meio ambiente, e no inverno, o desconforto é citado pela maioria dos entrevistados, enquanto as instalações elétricas foram classificadas como precárias em 67% das moradias estudadas e a iluminação artificial tem que ser usada nos banheiros e cozinhas a qualquer hora do dia.

A proposta de uma habitação eficiente feita pela equipe de Assis inclui conceitos arquitetônicos como a correta orientação em relação a incidência solar, ventilação cruzada, iluminação natural em ambientes de maior uso durante do dia, a aplicação de materiais e técnicas construtivas adequadas ao clima local e instalação de aquecedores solares, que, em conjunto com projetos elétricos mais eficientes e lâmpadas fluorescentes compactas resultaria numa redução mensal do consumo de energia de 40% para 109,54kWh por mês.

Um outro projeto implementado pela equipe do Núcleo Orientado para a Inovação da Edificação (Norie) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em Nova Hartz incluiu os mesmos itens que o projeto mineiro, mas também propôs no projeto Casa Alvorada a coleta de água da chuva, aŕea de uso coletivo no terreno para plantar hortas e fazer tratamento inicial de esgoto, uso de esquadrias de madeira para melhorar o isolamento térmico, pérgolas com plantas externas para ajudar no controle da iluminação e sombreamento e até utilizar o calor do forno a lenha par ajudar no aquecimento do ambiente durante o inverno sulino.

Já no Maranhão, um projeto liderado pelo Incra e o Ministério do Meio Ambiente desenvolveu um protótipo de casas rurais usando técnicas de bioconstrução que utilizam não só materiais comuns na região, mas levam em conta o clima. Lá o projeto de uma casa de 106 m2 utilizou materiais feitos de cimento, barro e palha edificada em mutirão custou cerca de R$6 mil, uma fração do custo de R$22 mil que uma projeto convencional custaria.

Apesar da extensa bibliografia experimentos sobre sustentabilidade ambiental em construções populares produzidos nas universidades brasileiras nas últimas duas décadas, pouco ainda foi implementado em projetos de grande porte.

"Os conceitos da bioclimática são ensinados nas escolas de arquitetura, mas quando o arquiteto vai ao mercado estes conceitos não são utilizados," lembrou Makowski.

O PAPEL DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

No entanto, uma luz no final do túnel começa a surgir. Não só os municípios começam a exigir respeito ás questões ambientais mas também os agentes governamentais de fomento à habitação popular começam a estudar e implementar técnicas de menor impacto ambiental.

Porto Alegre exigirá sistemas de coleta e reuso de água da chuva e aquecedor solar nos projetos de Minha Casa Minha Vidas e em Ilhéus, o conselho municipal de proteção do meio ambiente exigiu também a implementação de sistemas de reúso de água.

Além disso, centenas municípios no Brasil já passaram leis obrigando o uso de aquecedores solares, aderindo a uma campanha nacional da Associação dos Fabricantes de aquecedores solares (Abrava).

"Todos os financiamentos da Caixa têm que atender a normas locais, e estas medidas são benvindas," avaliou Benevides.

Ao mesmo tempo, a Caixa Econômica Federal, seguindo um convênio firmado no lançamento do programa Minha Casa Minha Vida deve implantar aquecedores solares em 40 mil residências em 2010, sendo que 12 mil vão ser instalados no estado de São Paulo, 12 mil em Minas Gerais, 4.500 no Rio de Janeiro e 3 mil no Rio Grande do Sul.

Baseado em estudos nos últimos meses, o banco já treinou 58 de seus 1.200 engenheiros para analisar os projetos de acordo as normas técnicas que garantam que o equipamentos tenham selo Procel de desempenho energético A ou B. Ao longo to ano Benevides espera treinar instaladores e fazer workshops com construtoras para superar resistência do setor.

"Existe um histórico de desconfiança pelo passado desta tecnologia," disse.

No entanto, o custo de implantação de R$1700 por casa e R$2500 por apartamento será absorvido no financiamento subsidiado concedido pela Caixa para faixa de renda até três salários mínimos.

A permeabilização do solo, exigência de madeira legal, sistemas de esgotamento sanitário adequados os programas de redução de impacto ambientais locais, além de medidores individualizados, louças e metais que reduzem o consumo de água e incentivo a gestão dos resíduos da construção serão também serão incorporador para ajudar no desempenho térmico, que no fim ajudam.

"Estudos demonstram que o aquecedor solar pode reduzir em 30% a conta de energia," explicou, salientando que a patir de junho, a Caixa também vai usar o critérios do Selo Casa Azul para melhorar o desempenho ambiental das obras financiadas por meio de até 31 critérios para reduzir os impactos socioamabientais. "A nossa meta é financiar 30 empreendimentos com o selo até o final de 2010, pois as empresas vão querer se diferenciar".

Em São Paulo e Minas Gerais, as empresas de habitação, CDHU e Cohab respectivamente, já vêm implantando aquecedores solares nas residências nos últimos dois anos. A empresa paulista já instalou cerca de 6 mil equipamentos, ela anunciou planos de instalar 48 mil aquecedores nos próximos anos. A Cohab por sua vez já instalou cerca de 2 mil destes equipamentos.

As duas estão participando do concurso com o Instituto dos Arquitetos do Brasil, com apoio do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) para tipologias sustentável de habitação popular. Para a coordenadora do programa no IAB-SP, Makowski, o projetos vencedores do concurso devem obrigatoriamente ser adotadas pela CDHU, pois tem caráter de licitação pelo tamanho do prêmio de e da complexidade.

O concurso exige memorial descritivo que garantam que os projetos sejam economicamente viáveis mas que adotem técnicas construtivas que visam durabilidade, minimização de geração de resíduos, aquecimento solar e reuso de água, ventilação e iluminação natural, ocupação do solo adequada, além de quesitos que garantam acessibilidade para idosos, deficientes físicos e crianças.

"É uma oportunidade que surgiu e que estamos discutindo desde 2009," disse Makowski.

Apesar de haver um consenso dos ganhos de incluir tecnologias de menor impacto ainda existe um grande desafio que vem tanto da falta de demanda dos moradores, quando da resistência dos agentes financeiros e produtivos do setor imobiliário. Para Eugênio Singer, coordenador técnico da empresa de planejamento urbano, Aecom, a sociedade precisa adotar novos paradigmas que unam planejamento e que não prescinda de envolver os políticos e até o setor educacional.

"Temos que unir a questão do conforto com o acesso, pensar em como usamos a água, pensar no aquecimento, na ventilação e segurança e é possível sim ter maior eficiência nos recursos naturais," explicou. "A questão de enfrentamento do aquecimento global é uma oportunidade única para mudar a cara pensando mais no ganho a longo prazo e articulando a política com o planejamento".

terça-feira, 24 de maio de 2011

Sustentabilidade: o espelho das nossas ações

Por Gláucio Gonçalves

No início dos anos 80, Lestern Brown, fundador do Worldwatch Institute, definiu uma sociedade sustentável como aquela que seja capaz de satisfazer suas necessidades sem diminuir as oportunidades das gerações futuras. Anos depois, o relatório da Comissão Mundial Sobre o Desenvolvimento e o Meio Ambiente (proposta pela ONU e presidida pela primeira ministra da Noruega, Gro Brundtland, usou a mesma definição para apresentar a noção de desenvolvimento sustentável: “A humanidade tem a habilidade de atingir o desenvolvimento sustentável, e satisfazer suas necessidades presentes sem comprometer a habilidade das gerações futuras em satisfazerem suas próprias necessidades”.

É importante que haja realmente uma preocupação de todos com o meio ambiente. A sustentabilidade tem como princípios básicos três questões: a ambiental ideal, a social e a economicamente correta. E a melhor forma de contribuirmos com esses princípios é fazer nossa parte como cidadãos comprometidos com a nossa qualidade de vida e de gerações futuras, e importante ainda é que essa preocupação transforme-se em conhecimento e hábito.

Seres vivos – Precisamos reciclar nossos conceitos, tomar conhecimento de que somos seres vivos de um ecossistema e que todas as nossas atitudes terão uma consequência futura. Para que um comportamento tenha sucesso é preciso que todos os membros trabalhem numa mesma direção – e que cada membro entenda o seu papel dentro do ecossistema. A preservação deve começar de dentro de nossas casas e escritórios para fora. Pequenas atitudes podem contribuir muito – como a reciclagem de lixo, o uso adequado da água e energia, a possibilidade de se trocar o carro em alguns momentos da semana pelo transporte público, a possibilidade de troca de energia elétrica por uma energia renovável, como a solar, a utilização de produtos ecologicamente corretos, criarmos possibilidades do reuso da água, etc.

Canteiro de obras – No caso da construção civil, a primeira coisa a ser feita é uma conscientização em nossos canteiros de obras a respeito da importância de nossas atitudes para o futuro das próximas gerações, uma vez que este segmento da economia é hoje uma das maiores distribuidoras de nosso meio ambiente.

Existem, hoje, ONGs que realizam trabalhos interessantes com a releitura de materiais e técnicas, utilizando o bambu, o pau-a-pique, a taipa de pilão, entre outros, como parte integrante da construção civil. São materiais que a natureza nos oferece e que podemos incorporar em nossas vidas sem deixar de satisfazer nossas necessidades. E ainda aproveitamos para contribuir com a natureza. Além disso, as grandes instituições financeiras também reciclaram seus conceitos para proteger nossos ecossistemas.

Trabalho conjunto – A sustentabilidade é um assunto muito amplo e profundo, porém pequenas atitudes como essas, tomadas por uma enorme quantidade de membros de uma mesma comunidade farão com que nossos ecossistemas entendam que estamos trabalhando em sua direção e não contra eles. É o primeiro grande passo de uma longa estrada a ser percorrido como cidadãos nesse processo de evolução. A grande vantagem de entender e trabalhar na direção de nossos ecossistemas é que podemos desfrutar as necessidades presentes sem comprometer a habilidade das gerações futuras em satisfazerem a si próprias. Acredito que todos nós podemos incorporar em nossas vidas um padrão de sustentabilidade inicial e perceber que, ao longo dos dias, semanas, meses e anos, esse mesmo processo já será um hábito.

A sustentabilidade tem de ser uma conduta de vida, ou seja, as pessoas precisam ser ecologicamente alfabetizadas, entender os princípios de organização das comunidades ecológicas e usá-los para criar comunidades humanas sustentáveis.

E é importante destacar que a própria Constituição Federal do Brasil, no Artigo 225, reforça essa questão: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem como de uso comum do povo e essencial à coletividade o dever de se defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

Porém, tudo isso não pode simplesmente ficar no papel e não fazer parte do cotidiano de milhões de brasileiros, que começam a despertar, timidamente, para a necessidade de cuidados com o meio ambiente. Está em nossas mãos incorporar a sustentabilidade e transformá-la em um espelho, onde o reflexo de nossas ações será o que nossas próximas gerações encontrarão.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Toque de Mestre!!!

Por Renata Rode

Algumas pitadas de personalidade, muitas vezes, se transformam na verdadeira alma do projeto. Um móvel de canto, um jardim e até mesmo uma delicada peça podem modificar o cenário e acrescentar muito mais estilo ao banheiro ou lavabo. Confira!



Atmosfera aconchegante criada por um conjunto de detalhes.

A riqueza de materiais valoriza o espaço. O cimento queimado assume todo o revestimento e deixa o clima mais personalizado. Até papel higiênico combina com as tonalidades. Para compor com praticidade, mas sem se distanciar da proposta rústica, o arquiteto escolheu cestas de vime que ficam aparentes.

O arquiteto Gláucio Gonçalves buscou singularidade ao elaborar o projeto, respaldado no rústico com influências contemporâneas. As paredes em cimento queimado deixam a atmosfera marcante no espaço de 2,55 m². No Box, o deck em cruzeta, separado por cortina estampada artesanalmente, deixa o cenário ainda mais casual. A assimetria da bancada em madeira emprega charme e, ao mesmo tempo, é prática: traz duas grandes prateleiras, que acomodam e destacam a cuba transparente.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Reciclar os conceitos em primeiro lugar

Por Gláucio Gonçalves

Uma das principais diferenças entre as comunidades humanas e a ecologia é o fato de a natureza ser cíclica, ao passo que as nossas comunidades são lineares. Isso quer dizer que o ecossistema tem evoluído ao longo de bilhões de anos usando e reciclando, continuamente, as mesmas moléculas de minerais, de água e de ar.

Assim, o que é resíduo para espécie pode ser alimento para outro, de modo que o ecossistema permaneça "limpo". Dessa forma, nossos padrões de produção e de consumo precisam ser cíclicos, imitando os processos da natureza. Mas ainda há diversos pontos relevantes, tais como as questões sociais e econômicas, e para que a reciclagem de qualquer tipo de elemento deixe de ser apenas pontual, e abranja toda a sociedade, precisamos nos tornar ecologicamente alfabetizados por meio da "reciclagem de nossos conceitos".

Isso tem de ser feito com extrema urgência, pois com o crescimento exacerbado populacional, a natureza não consegue absorver todo o resíduo gerado. E esse crescimento preocupa ainda mais em função do grande déficit habitacional que ocorre no Brasil.

Nesse caso, os resíduos da construção, demolição, e reformas representam percentuais altíssimos do volume total dos resíduos urbanos. Nossos canteiros de obra são os grandes responsáveis pelo aumento do volume de resíduos e pelos impactos ao ambiente que causam, principalmente por serem levados a lugares inadequados.

É fundamental e mais do que urgente, existir a redução da quantidade de resíduos, bem como um gerenciamento, reciclagem e, conseqüentemente, o reuso dos materiais. Teríamos uma melhora significativa nestes índices, percentuais e dados assustadores. Uma forma simples e eficaz de reciclarmos nossos entulhos em reformas e construções, por exemplo, é enviar todo o resíduo para as ATTs - Áreas de Transbordo e Triagem. Esses locais recebem todo material gerado na obra das empresas de transporte (caçambeiras), cadastradas na LIMPURB, e o separam para reciclagem.

O mais interessante é que tudo pode se transformar. O entulho gerado na obra pode ser modificado em blocos de concreto, ladrilhos, argamassa, contrapiso e base para rodovias. Materiais como o aço, gesso e outros com produtos químicos são separados do concreto, que é triturado por britadeiras e passa por peneiras vibratórias , que separam a areia grossa, o pedrisco e a brita. O agregado triturado é misturado com cimento e aditivos, assim a massa obtida estará pronta para o novo uso, fechando assim todo o ciclo.

Esses dados, apesar de serem divulgados constantemente, podem ser reduzidos quando houver a real e efetiva conscientização em massa sobre o assunto, para que isso se torne um hábito em nossas vidas e, conseqüentemente, nos canteiros de obras.
Porém, abordar o assunto, em primeiro lugar significa reciclar nossos conceitos como cidadãos, comprometidos com a nossa qualidade de vida e de futuras gerações.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A importância da arquitetura sustentável

Por Glaucio Gonçalves

O crescimento da oferta de recursos para o financiamento da casa própria tem trazido uma série de inovações no mercado de imóveis ultimamente. Entre elas, a importância da arquitetura sustentável para garantir uma melhor qualidade de vida para todas as pessoas.

Começa a surgir a preocupação em utilizar os recursos da arquitetura sustentável também para a construção de imóveis para os integrantes das classes C e D, que hoje já podem realizar o sonho da casa própria.

Assim, a consciência ambiental por meio da racionalização de energia, do reuso da água, e coleta de águas pluviais tornam-se itens mínimos fundamentais na hora de definir um projeto. Imagine um conjunto habitacional projetado de forma a ter um melhor aproveitamento de iluminação natural ou então com a possibilidade do reuso de água? Certamente, os moradores terão uma economia muito grande de energia. Ao mesmo tempo em que economizam dinheiro, contribuem com o meio ambiente.

Porém, todo esse trabalho só terá efeito real se houver uma conscientização da sociedade em fazer com que isso aconteça. Esses conceitos mínimos, feitos em grande escala, não somente do lado de dentro dos empreendimentos, mas também fora dos portões, causam um impacto positivo na cidade e, conseqüentemente, na melhoria da qualidade de vida das pessoas e das futuras gerações.

Dessa forma, todas as classes passarão a usufruir recursos simples e urgentes, o que dará uma nova realidade para a arquitetura nos próximos anos.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Realização de sonho sem surpresas

Por Construção e Cia

Que empreendimento escolher? - Importância da parceria do arquiteto desde a compra do imóvel até a sua total conclusão

A cada dia o mercado imobiliário lança novos empreendimentos, sem contar aqueles que já estão em construção para serem entregues. Segundo algumas estatísticas, um prédio novo é lançado a cada dia. Isso possibilita ao consumidor final uma infinidade de opções. Assim, o acompanhamento de um arquiteto com experiência no mercado imobiliário antes da negociação é uma excelente alternativa para evitar decepções e desperdícios financeiros. Para o arquiteto Gláucio Gonçalves, fundador do EB-A - Espaço Brasileiro de Arquitetura, a consultoria ajuda o cliente a realizar o sonho da aquisição de um novo imóvel com a certeza de que “no dia da entrega das chaves ele saberá exatamente o que estará recebendo e o que aquele apartamento ou casa será depois de pronto, não tendo que depois criar soluções para aquilo que já estava solucionado em sua mente”, comenta. Escolher entre uma ou outra acaba se tornando uma jornada cansativa e difícil. Portanto, o arquiteto que possui experiência sobre o mercado imobiliário junto aos lançamentos das grandes empresas estará capacitado para orientar o cliente no que diz respeito a questão de localização, preço, qualidade do empreendimento, construtora e o que oferece o condomínio. E o mais importante, segundo Gonçalves, é saber se esse apartamento ou casa atenderá as expectativas futuras de projeto, insolação e condomínio, em termos de custo benefício, pois cada cliente tem uma necessidade individual e um sonho. “E torná-lo realidade no futuro pode ser uma difícil e dolorosa tarefa, principalmente no que diz respeito a questão financeira e técnica. E fazer toda a decoração e reforma de um imóvel tem que ser algo prazeroso, desde que se saiba o que vai enfrentar pela frente, pois é a realização de um sonho”, acrescenta.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Mercado imobiliário e sustentabilidade

Por Glaucio Gonçalves

A arquitetura sustentável se torna um aspecto cada vez mais primordial na elaboração de projetos para a construção de imóveis das classes C e D, que hoje já podem realizar o sonho da casa própria. Na construção civil, aproximadamente 50% dos materiais de construção são desperdiçados, sendo que 25% se transformam em resíduos e 25% são utilizados para a recuperação da geometria do edifício. Os resíduos da construção, demolição e reformas representam índices altíssimos do volume total dos resíduos urbanos.

Os canteiros de obras são os grandes responsáveis pelo aumento do volume de resíduos e pelos impactos que causam ao ambiente, principalmente por serem levados a lugares inadequados.

Acredito que a utilização de sistemas de energia mais eficientes e menos poluentes, como de coleta e tratamento de água e esgoto, captação de águas pluviais, uma melhor qualidade de ar interno e conforto ambiental, coleta seletiva de lixo, redução da geração de resíduos, são aspectos mínimos fundamentais na hora de definir um projeto.

REGRA

O que era visto como um diferencial no mercado imobiliário começa a virar regra. Uma lei aprovada em julho de 2007 obriga novas edificações a terem tubulação adequada para aquecimento solar da água. Em lançamentos cujas unidades tiverem com mais de três banheiros, a instalação é obrigatória.

Certamente, contemplar estes aspectos da sustentabilidade significa causar um impacto muito positivo na comunidade, bairro, cidade, estado, país e conseqüentemente na melhoria de qualidade de vida das pessoas e futuras gerações.

É importante que haja realmente uma preocupação de todos com o meio ambiente. A sustentabilidade tem como princípios básicos três questões: ambiental ideal, a social e a economicamente correta.

A grande vantagem de entender e trabalhar na direção de nossos ecossistemas é que podemos desfrutar as necessidades presentes sem comprometer a habilidade das gerações futuras em satisfazerem a si próprias.

Porém, todo esse trabalho só terá efeito real se houver conscientização da sociedade em fazer com que isso aconteça. Esses conceitos mínimos, feitos em grande escala, não somente do lado de dentro dos empreendimentos, mas também fora dos portões farão com que nossos ecossistemas entendam que estamos trabalhando em sua direção e não contra eles.

Todos nós podemos incorporar em nossas vidas um padrão de sustentabilidade inicial e perceber que, ao longo dos dias, semanas, meses e anos, esse mesmo processo já será um hábito.

Abordar, portanto, o desenvolvimento sustentável na construção civil é tornar imprescindível a utilização de aspectos mínimos para a sobrevivência não somente para as empresas sob o ponto de vista do mercado, como também, do compromisso social e de toda a humanidade.

Dessa forma, todos passarão a usufruir recursos simples e urgentes, o que dará uma nova realidade para a arquitetura e para a humanidade nos próximos anos.

Temos que ser protagonistas deste grande cenário e transformar a sustentabilidade em uma escola de vida.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Como deixar o imóvel alugado a sua cara

Por Glaucio Goncalves

O primeiro passo é identificar o estilo do cliente e saber se irá aproveitar algum móvel que já possua para que seja feito um estudo de layout adequando estilo e custo benefício. É importante levar em consideração alguns itens existentes como: iluminação, o tipo de piso, pinturas, revestimentos e etc, como foi feito em um apartamento no bairro do Ipiranga onde a cliente gostava das cores branca, preto e cinza. Utilizando essas 3 cores, foi tirado partido do listrado e toda a decoração foi executada utilizando esse conceito.



O ideal é adequar todo o mobiliário que será comprado levando em consideração os revestimentos existentes, permitindo assim, uma melhor harmonia na decoração e principalmente na questão, custo.

A iluminação é um ponto muito importante nesses casos e é necessário adequar ao layout proposto aos futuros moradores. O investimento nesse caso, vale à pena, pois o resultado é marcante tornando os ambientes mais aconchegantes, além de ser algo que pode ser levado na próxima mudança.

As cores fazem toda diferença no ambiente, mesmo que a casa seja alugada, vale à pena mudar as cores, mesmo que seja um trabalho feito pelo inquilino. Por isso, o ideal é especificar no contrato de aluguel que o imóvel foi recebido sem pintura e assim entregue será.




A proposta para quem vive de aluguel é investir em design. Boas peças de mobiliário têm o poder de valorizar os espaços e captam a atenção das pessoas. O mais importante é buscar a essência do estilo do cliente e transformá-la em um ponto forte do ambiente criando assim um conceito único e que crie uma identidade com o proprietário transformando-o em sua casa.

O paisagismo sempre é um ponto forte a ser explorado nestes casos, vasos com plantas adequadas são uma boa escolha porque depois do vencimento do contrato é possível levá-los. Afinal, tudo o que se puder levar ao desocupar o imóvel é vantagoso.

E para finalizar, nada melhor do que transformar e adequar com criatividade o apartamento alugado em sua casa permitindo que se possa morar com conforto, aconchego e onde se possam ter momentos de lazer entre amigos, relaxamento e principalmente convivência familiar.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Móveis e produtos sustentáveis para casa estão mais acessíveis no mercado

Por Gisele Eberspächer

Arquiteto Glaucio Gonçalves faz reforma sustentável e mostra produtos e dicas sobre o assunto.



O arquiteto Glaucio Gonçalves, foi responsável pela reforma no EB-A (Espaço Brasileiro de Arquitetura), transformando o espaço com sustentabilidade. Assim, mostra que cada vez mais é possível reformar cuidando do meio ambiente.

“A construção civil é uma das maiores destruidoras e poluidoras do meio ambiente. É indispensável abordar o desenvolvimento sustentável na decoração e torná-lo real, não somente sob o ponto de vista do mercado, como também do compromisso social e de toda a humanidade. Assim, com a escolha de móveis sustentáveis, possibilitaríamos uma nova realidade para a decoração e para o meio ambiente nos próximos anos”, comenta Glaucio.



Entre os produtos utilizados está o revestimento Ecowood, na Portobello, que substitui a madeira natural. Além disso, são utilizados móveis da Amazônia Móveis, que utilizam fibras naturais, e do Empório dos Dormentes, com material que reaproveita a madeira retirada de postos de luz. Por último, ainda é utilizada a lareira ecológica (Ecofire Place), que funciona com um bio fluido (não produzindo nem fumaça nem cheiro), com baixa emissão de CO2.



Para a escolha dos produtos mais sustentáveis, Glaucio recomenda pesquisa: “Hoje o mercado oferece diversas empresas que estão com esse foco sustentável. Revistas especializadas e a internet são os melhores caminhos. É sempre muito importante verificar a procedência destas lojas e se o objetivo é realmente com o meio ambiente ou apenas marketing”.

terça-feira, 3 de maio de 2011

7 aspectos para começar e construir uma carreira em arquitetura ou design

Por Glaucio Gonçalves

A construção civil vive um de seus melhores momentos. Com o maior acesso da classe C à casa própria, a economia favorável e o advento dos jogos esportivos internacionais no Brasil – Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas Rio-2016 –, as profissões de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil e Design de Interiores estão entre as mais promissoras.

Entretanto, tenho visto muitos alunos e recém-formados me questionando sobre como começar, quais as principais áreas de atuação, como está o mercado, qual caminho seguir, como se tornar empreendedor. Ou seja, estão ansiosos por respostas sobre o setor.

Alguns aspectos são fundamentais para que possamos responder a essas questões e, principalmente, para que os profissionais possam começar e construir uma carreira de sucesso, como profissional liberal ou funcionário. Ao longo de quase 15 anos de profissão vivenciei situações e oscilações no mercado que hoje me fizeram definir sete aspectos fundamentais para construir uma carreira.

O primeiro é o autoconhecimento, que nos permite saber o que realmente queremos, onde podemos chegar, entender e respeitar as ansiedades e expectativas de nossos clientes, superiores e colegas de trabalho. É com ele que temos segurança e tranquilidade diante das situações que possam acontecer no decorrer do processo, além de discernimento para captar a essência e as características do cliente, projetando-as nos detalhes da obra, criando uma identificação com o trabalho realizado.

O segundo aspecto e que faz grande diferença neste meio é a humildade. Esta palavra tem um poder enorme quando colocada em prática na sua verdadeira essência e em prol de todos que nos cercam. Quanto maior for o sucesso e reconhecimento profissional, muito maior deve ser a humildade.

Para quem deseja fazer a diferença, outro aspecto deve ser levado em conta: a perseverança. Mesmo com o mercado aquecido e com tantas oportunidades, é preciso perseverança e determinação para conquistar um lugar de destaque no mercado, pois, da mesma forma que aumentam as chances, cresce também o número de concorrentes. Assim, é preciso muito suor e força de vontade para se chegar aonde almeja.

Ousadia e a inovação também são imprescindíveis. É necessário arriscar e ousar sem medo. Grandes profissionais se destacam por terem ideias inovadoras, mesmo que num primeiro momento a tomem como loucura. Porém, com paciência, alguém vai enxergar e acreditar, e aí pode estar um grande divisor de águas na carreira de um profissional. Acredite!

O quinto aspecto são as parcerias. Impossível nos dias de hoje e no mundo em que vivemos não trabalharmos em parceria. Para que um trabalho renda ótimos frutos é de extrema importância que tenhamos parceiros fiéis e uma equipe solidária, pois dessa forma conseguiremos exercer com excelência aquilo que nos é dado como dom.

Para quem está envolvido com a construção civil, uma das maiores destruidoras e poluidoras do meio ambiente, um aspecto de extrema importância é a sustentabilidade. É indispensável abordar o desenvolvimento sustentável na construção civil e torná-lo real, não somente sob o ponto de vista do mercado, como também do compromisso social e de toda a humanidade. Assim, com o uso de recursos simples e urgentes, possibilitaríamos uma nova realidade para a arquitetura e para a humanidade nos próximos anos.

Por fim, o aspecto mais importante de todos: a fé. Acreditar que o impossível pode se tornar possível. A fé que nos ensina a nos curar e nos conhecermos a cada dia mais, que faz com que sejamos mais humildes, que nos dá força nos piores momentos para enfrentar as dificuldades e acreditar que superaremos e sairemos vencedores, que nos dá sabedoria para ter uma ideia inovadora e ousada, que coloca em nossas vidas parceiros que nos ajudarão a construir uma trajetória de sucesso e que faz com que possamos criar possibilidades de preservar o que de mais incrível e perfeito pode existir: a natureza.

Aliar todos esses aspectos, ter paciência e entender que às vezes uma pequena fresta que surge em nossa vida pode levar a uma grande porta de sucesso é a chave para construir uma carreira sólida e bem sucedida.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Café da Manhã Especial!!!



Confira os ganhadores da Promoção de Aniversário do EB-A:

Thalita Irovski
Natalya Hamada
Eliane Braga
Danielle Cunha
Frederico Rinaldo de Oliveira Milani

O Café da manhã será realizado no dia 09/04/2011 na sede do EB-A. Os ganhadores receberão um e-mail para confirmação de presença.

O EB-A faz aniversário, mas quem ganha o presente é você!!!

Rústico e moderno, combinação sustentável

Por Correio do Povo

A decoração da casa também pode ser uma opção sustentável, na qual é possível preservar árvores, reduzir o gasto de energia e ainda gastar bem menos com móveis e utensílios. Segundo o arquiteto Glaucio Gonçalves, do Espaço Brasileiro de Arquitetura, na capital paulista, dar uma nova roupagem aos móveis velhos ou aproveitar materiais como a madeira dos postes ou dos trilhos de trem é uma forma de colaborar com a preservação do meio ambiente, "um caminho que não tem mais volta".



O arquiteto enumera uma série de itens que podem compor os ambientes e espaços da residência dentro da proposta de sustentabilidade. "Em relação ao mobiliário, está acontecendo bastante o reaproveitamento de peças desgastadas, como sofás, que recebem um tecido novo ou fibras naturais, que também podem ser aplicadas a mesas e cadeiras", cita. Conforme ele, também a madeira de demolição, os dormentes dos trilhos de trem e as cruzetas (hastes onde passam a fiação dos postes de luz) são bastante utilizadas nos móveis.



Estas madeiras, como outros materiais, podem ter diversas aplicações, como decks, painéis e pergolados (suportes mais leves que caramanchões e que podem ocupar espaços menores). De acordo com Gonçalves, existem diversas empresas que vendem as madeiras recicladas por um custo baixo, pois são materiais descartáveis. "E são produtos extremamente resistentes, que não necessitam de manutenção e duram muito tempo", enfatiza o profissional.



Ele destaca porcelanato que imita a madeira na substituição do recurso natural. "Podemos abusar da sua aplicação, até em ambientes onde seria inviável a utilização do material, como o box no banheiro, onde já utilizei. E as vantagens do produto são ótimas, pois não tem desgaste e nem manutenção", ressalta. Gonçalves também aponta o uso do LED na iluminação como item de menor consumo de energia (economia de 30%), que não esquenta e tem uma alta durabilidade. "Usamos os LEDs em tons de amarelo, o que dá o mesmo efeito que uma dicróica, destacando a peça ou o ambiente", completa.



Gonçalves conta que, às vezes, até encontra um pouco de resistência em relação à utilização destes produtos, mas, ao final do projeto, o dono da casa acaba gostando do resultado e aprova a escolha. Para o arquiteto, é possível unir o rústico ao contemporâneo, o que considera uma ótima combinação. "Um exemplo disso, é uma proposta que fiz em um banheiro usando uma bancada com cruzeta e uma pia de vidro. Um contraste interessante", relata.