terça-feira, 18 de agosto de 2009

Projeto - Condomínio Terras de Atibaia

Olá Pessoal
Abaixo segue o nosso mais recente projeto.
Trata-se de um projeto para o condomínio Terras de Atibaia.
Para esse projeto os principais conceitos utilizados foram a valorização da simplicidade.

Assim para compor esse cenário foram utilizados pérgulas, pedras, paisagismo e cores marcantes, o que tornará possível viver em um ambiente eclético e acolhedor.




















O projeto ainda contemplará a utilização de placa solares, captação de águas pluviais para o uso e manutenção das área externas e jardins, sistema de coleta de lixo, uma melhor qualidade de ar interno e conforto ambiental e na fachada a utiização de bambu que une ecologia, baixo custo e beleza.


A residência possui aproximadamente 67 m2 contendo dois dormitórios, sendo uma delas suite, sala para dois ambientes integrada com cozinha, churrasqueira e um orquidário.

A previsão de ínicio das obras é para o inicio de 2010.

Abraços

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Arquitetura popular brasileira

Olá Pessoal
O programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida" oferece uma oportunidade histórica para a implantação de projetos com viés popular com um novo padrão.
Vejam abaixo matéria que saiu na edição de aniversário da revista Casa&Mercado do mês Julho.
Nesta matéria o projeto Singular foi mencionado como projeto popular com foco na sustentabilidade.
Abaixo segue link.
Ótima semana
Abraços a todos

http://www.casaemercado.com.br/materia.php?hIdMateria=1544


Arquitetura popular brasileira
Um novo debate acerca do programa do Governo Federal “Minha Casa, Minha Vida” aborda uma questão tão importante quanto a diminuição do déficit habitacional no Brasil: a qualidade das residências que serão construídas destinadas à população de baixa renda.
Passados anos de recessão, uma herança cultural de procedimentos técnicos, ações políticas e busca por contratações pelo menor preço configuraram um perfil de implantação de empreendimentos residenciais populares que compreende grandes glebas fechadas em condomínios com edificações aglomeradas, instaladas repetidas vezes nos terrenos, sem evidenciar preocupação com a oferta de espaços livres e de uso comum – e tampouco sua inserção no contexto urbano.
O novo pacote habitacional apresenta-se como uma oportunidade para fugir desta concepção, pela sua própria escala. No âmbito federal, a previsão é de que o programa movimente R$ 34 bilhões e promova a construção de 1 milhão de moradias no país. O plano não define diretrizes e parâmetros de projeto arquitetônico e urbanístico, nem formata modelos de contratação e análise de projetos. Entretanto, por ser calcado no incentivo à iniciativa privada, pode promover um impulso nos projetos de arquitetura, visto que não há padronização entre as construções. “As categorias profissionais que atuam diretamente com projetos deverão agir no sentido de enfatizar, esclarecer e educar, sobretudo o poder público, sobre o real valor dos projetos de arquitetura e urbanismo nesta empreitada”, avalia a arquiteta Adriana Blay Levisky, do escritório Levisky Arquitetura.
Para o programa ter êxito, Adriana aposta no fortalecimento do papel do gestor público: “seria desejável aplicar um precioso método de avaliação dos escritórios com potencial de contratação, bem como dos projetos realizados, assegurando qualidade arquitetônica e urbanística às propostas apresentadas, e posteriormente garantindo qualidade de execução, minimização de manutenções futuras e sua integração com redes de infraestrutura”.
Nabil Bonduki, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (FAU-USP), avalia que a melhoria dos projetos apenas se dará se o problema habitacional for encarado por meio de uma ação que vise o longo prazo. Com objetivos imediatos de atender à demanda por imóveis de baixo custo e de movimentar o setor da construção, a qualidade do projeto pode ficar em um segundo plano. “O que tem acontecido com muita frequência é que não se valoriza o projeto, mas as obras, os prazos e os resultados”, alerta Bonduki.
Conforme o professor, o programa se destaca por ter colocado a questão da habitação popular em um plano importante: “Os próprios estudantes darão relevância à questão, fazendo com que haja mais gente formada com a qualificação necessária para este tema”.
Desmistificação
Para o arquiteto Yuri Vital – um dos vencedores na categoria “Habitação de Interesse Social” no Prêmio IAB-SP 2008 com o projeto Box House –, este é o início de uma “democracia da arquitetura”. Vital enfatiza que este é o público que mais necessita de bons projetos. “Todos desejam desfrutar de uma moradia digna, funcional e bela. É importante desmistificar a ideia de que estes aspectos são superficiais e apenas acessíveis para as classes mais abastadas, pois é possível construir com qualidade técnica e padrões estéticos inclusive com baixo custo. Cabe ao arquiteto buscar a beleza na simplicidade e na pureza”, ressalta o profissional.
Simplicidade e pureza estão no projeto de habitação popular que Vital concebeu para a região da Brasilândia, periferia de São Paulo. Entre as soluções, para sustentar uma ambiciosa laje em balanço que confere leveza à fachada das 17 unidades, o arquiteto mesclou alvenaria estrutural à estrutura convencional.Fernando Forte, do escritório Forte, Gimenes & Marcondes Ferraz Arquitetos, responsável pelo projeto “Habitação Social” em Lins, no interior de São Paulo, vê como benéfica a concorrência que o programa criará neste nicho de mercado. “A competição vai fazer com que os construtores busquem realizar projetos diferenciados, inclusive com soluções sustentáveis”, diz Fernando. O projeto do escritório também recebeu do IAB uma menção honrosa na categoria “Habitação de Interesse Social”.
É consenso que um projeto que preveja ações e estratégias previne o desperdício de materiais e evita o retrabalho, o que viabiliza uma execução mais eficaz da obra ao minimizar tempo e custos. Segundo Yuri Vital, o segredo para uma parceria mais vantajosa com fornecedores é a frequência e o detalhamento do projeto. “Trata-se de uma relação de trocas e de confiança. Quanto mais se utilizar suprimentos de um mesmo fornecedor, mais barato fica o montante final”, acredita.
Do ponto de vista técnico do projeto, os especialistas apontam como fatores fundamentais para o aprimoramento de uma habitação popular a sua flexibilidade, bem como a garantia de condições de segurança, salubridade, higiene, dignidade, inserção urbana e social, boa iluminação, ventilação, acessibilidade, possibilidade de futuras adequações e expansões de forma tecnicamente adequada, segura e respeitosa com o entorno.
O arquiteto Ruy Ohtake afiança que tanto procura atuar em projetos de alto padrão quanto se engajar em ações que promovam a melhoria da qualidade de vida de moradores das regiões periféricas de São Paulo. O profissional, por exemplo, destaca em seu projeto de conjunto habitacional para o bairro de Heliópolis a integração das diferenciadas fachadas e volumetria à paisagem urbana: “O importante é que a tipologia se integre de forma bonita à cidade”, declara Ohtake. Essa integração se dá em termos formais e estéticos e também no oferecimento de serviços e atividades conexas – escolas e postos de trabalho, entre outros.
Guetos urbanos
“De nada adiantará se fazer cumprir a meta de implantação de 1 milhão de unidades se estas compuserem guetos urbanos”, ressalta a arquiteta Adriana Leviski. Junto ao arquiteto Eduardo Martins Ferreira, ela concebeu o projeto – também laureado pelo IAB – do Loteamento Rubens Lara, na cidade paulista de Cubatão. Este trabalho propõe a convivência e usufruto de espaços de lazer, cultura, comércio, serviços, saúde, educação e transporte público.Ao loteamento, foi destinada uma área de 197.475 m2 para a implantação de um conjunto habitacional. A elaboração do projeto foi norteada pelas questões urbanas, sociais e ambientais do local. A ideia é construir aproximadamente 1.850 unidades habitacionais, garantindo a integração de diversos pequenos condomínios ao contexto urbano já existente e consolidado nas imediações. O sistema viário proposto partiu da interligação de eixos viários existentes, dispondo de hierarquia de vias para transporte público, automóvel, bicicletas e pedestres.
Os condomínios projetados para Cubatão tiveram como premissa um número máximo de unidades, nunca superior a duzentas, visando a facilidade administrativa dos condôminos após sua ocupação. Foram propostas quatro tipologias que, com pequenas variações e tratamento diversificado de fachadas, pretendem oferecer ao transeunte riqueza visual e identidade a cada quadra do loteamento. O intuito é configurar o projeto como um novo bairro e não como um único conjunto habitacional apartado de sua vizinhança. Buscou-se a implantação de quadras institucionais, áreas verdes e de lazer e quadras comerciais, transformando a intervenção em tecido integrado à malha urbana existente, oferecendo atividades e usos mistos junto às áreas residenciais.
O desenho universal foi aplicado às unidades residenciais e também às áreas comuns e públicas. “Um projeto configurado desta forma representa oportunidades reais de qualificação dos espaços privativos e públicos”, diz Adriana.
O projeto de Fernando Forte para Lins segue o mesmo princípio de tipologias diferenciadas. Lá, as casas geminadas têm entre 50 e 80 m2, possuem recuo lateral e uma varanda. Na fachada, o jardim linear cria um espaço semipúblico e um painel a ser personalizado foi colocado em cada residência à disposição dos moradores. As salas se voltam para os fundos, para que a parte externa seja uma extensão da sala. O posicionamento das portas e janelas permite uma ventilação cruzada.
Sustentáveis
A questão ambiental foi fundamental para que Gláucio Gonçalves e Marcos Eduardo da Silva, do EB-A (Espaço Brasileiro de Arquitetura), criassem o Singular, um projeto piloto que prevê a construção de imóveis populares com foco na sustentabilidade. O objetivo dos idealizadores é aliar o aspecto socioambiental a um projeto economicamente viável, tanto para os futuros construtores como para os moradores. “A ideia é buscar mais a questão humana. Fazer um lugar do qual a pessoa tenha orgulho, tenha vontade de voltar para casa após um dia de trabalho, onde ela possa criar os seus filhos”, ressalta Gláucio Gonçalves.
O arquiteto avalia que a questão ambiental não costuma ser privilegiada pelos programas, mas representa um grande desafio – e uma responsabilidade – para quem atua em um país repleto de recursos naturais como o Brasil. Basta pensar no impacto que a construção de 1 milhão de casas terá sobre o meio ambiente.
Dentro do Singular, para uma área de 50 mil m2 seriam projetados 600 apartamentos. As construções possuem teto verde, o que melhora a qualidade do ar e contribui para a redução do efeito de ilha de calor. Há ainda a utilização de energia solar para o aquecimento dos chuveiros, sistema de reutilização de águas pluviais na manutenção e limpeza dos edifícios, coleta seletiva de lixo, preservação de espécies nativas, acessibilidade, conforto ambiental, além de modulação e racionalização de alvenarias.
Para os profissionais de arquitetura, o programa “Minha Casa, Minha Vida” constitui, acima de tudo, uma chance de atuação para à construção de uma sociedade melhor. “Vejo o arquiteto como planejador do conforto, da segurança e da beleza, sendo esta a nossa forma de atuar pela população. Quanto mais democratizada for a arquitetura, mais visível será a nossa contribuição para a sociedade”, afiança Yuri Vital.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Design Sustentável

Olá Pessoal
Fechamos uma parceria valiosa com a escola ABRA com o objetivo de formar um grupo profissional de pesquisa e projetos sustentáveis de design de interiores .
Cliquem na máteria abaixo que saiu jornal VIDA AQUI e vejam como vai ser este projeto.
Abraços e uma ótima semana a todos





terça-feira, 4 de agosto de 2009

Reciclar conceitos em primeiro lugar

Olá Pessoal.
Gostaria de abordar um assunto importante que é a reciclagem na construção civil.
Abaixo segue um texto publicado no Portal Terra onde relato minha opinião a respeito do assunto.
Ótima semana a todos.
Abraços.

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http://invertia.terra.com.br/carbono/interna/0,,OI1996557-EI10074,00.html



Reciclar os conceitos em primeiro lugar

Por Gláucio Gonçalves

Uma das principais diferenças entre as comunidades humanas e a ecologia é o fato de a natureza ser cíclica, ao passo que as nossas comunidades são lineares. Isso quer dizer que o ecossistema tem evoluído ao longo de bilhões de anos usando e reciclando, continuamente, as mesmas moléculas de minerais, de água e de ar.

Assim, o que é resíduo para espécie pode ser alimento para outro, de modo que o ecossistema permaneça "limpo". Dessa forma, nossos padrões de produção e de consumo precisam ser cíclicos, imitando os processos da natureza. Mas ainda há diversos pontos relevantes, tais como as questões sociais e econômicas. E, para que a reciclagem de qualquer tipo de elemento deixe de ser apenas pontual e abranja toda a sociedade, precisamos nos tornar ecologicamente alfabetizados por meio da "reciclagem de nossos conceitos".

Isso tem de ser feito com extrema urgência, pois com o crescimento exacerbado populacional a natureza não consegue absorver todo o resíduo gerado. E esse crescimento preocupa ainda mais em função do grande déficit habitacional que ocorre no Brasil.

Nesse caso, os resíduos da construção, demolição e reformas representam percentuais altíssimos do volume total dos resíduos urbanos. Nossos canteiros de obra são os grandes responsáveis pelo aumento do volume de resíduos e pelos impactos ao ambiente que causam, principalmente por serem levados a lugares inadequados.

É fundamental e mais do que urgente reduzir a quantidade de resíduos, bem como o gerenciamento, a reciclagem e, conseqüentemente, o reuso dos materiais. Teríamos uma melhora significativa nestes índices, percentuais e dados assustadores. Uma forma simples e eficaz de reciclarmos nossos entulhos em reformas e construções, por exemplo, é enviar todo o resíduo para as áreas de transbordo e triagem. Esses locais recebem todo material gerado na obra das empresas de transporte (caçambeiras), cadastradas na Limpurb, e o separam para reciclagem.

O mais interessante é que tudo pode se transformar. O entulho gerado na obra pode ser modificado em blocos de concreto, ladrilhos, argamassa, contrapiso e base para rodovias. Materiais como o aço, gesso e outros com produtos químicos são separados do concreto, que é triturado por britadeiras e passa por peneiras vibratórias, que separam a areia grossa, o pedrisco e a brita. O agregado triturado é misturado com cimento e aditivos, assim a massa obtida estará pronta para o novo uso, fechando todo o ciclo.

O desperdício, apesar de os dados serem divulgados constantemente, pode ser reduzido, quando houver a real e efetiva conscientização em massa sobre o assunto, para que isso se torne um hábito em nossas vidas e nos canteiros de obras.

Porém, abordar o assunto significa reciclar nossos conceitos como cidadãos, comprometidos com a nossa qualidade de vida e de futuras gerações.