segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Qual o formato ideal para os escritórios de arquitetura?



*Gláucio Gonçalves

Diante do atual cenário do mercado da construção civil, para ter um escritório que consiga crescer, atender a uma maior demanda de clientes de todas as classes sociais e ainda encontrar um equilíbrio mediante as oscilações na economia, é necessária uma quebra de paradigmas.

E, nessa nova em fase projetada para o setor da construção civil, inovações tecnológicas e aplicação de conceitos sustentáveis, necessários para o crescimento sólido do setor e sem grandes prejuízos ao meio-ambiente, são pontos essenciais.

Porém, por conta de uma característica de alguns anos, quando somente a classe A tinha acesso a contratação de profissionais para a elaboração de projetos, ainda existe muita resistência e insegurança por parte dos consumidores em contratar este tipo de serviço. Por isso, os arquitetos precisam redesenhar este cenário e inovar para que uma nova fase, para todos, inicie-se na construção civil.

Primeiro, é necessário que os profissionais se conscientizem da importância e da necessidade da adesão de outras classes sociais pela procura de arquitetos e designers. Estes profissionais não são indicados apenas para as classes mais altas ou para execução de imóveis de alto valor. A contratação de um arquiteto tem um alto custo benefício para o cliente, uma vez que a experiência desses profissionais gera economia de materiais, de valores, de tempo e ainda proporciona um trabalho com alta qualidade.

Outro ponto a ser discutido é o aquecimento do setor da construção civil. Com ele, cresce também a destruição ao meio ambiente. É necessária uma remodelação na forma de projetar e construir por parte de profissionais, fornecedores e clientes. Com uma reciclagem de conceitos e hábitos de consumo e produção, o ambiente percebe que estamos trabalhando ao seu favor.

Assim, para vencer estes desafios, o formato ideal prevê alguns pontos básicos. Entre eles: estrutura física e equipe composta por peças chaves; investimento em sistemas de tecnologia que possibilitem ao escritório um crescimento de acordo com a demanda, mantendo a qualidade no atendimento e no padrão dos projetos, sem precisar aumentar a estrutura física e a composição da equipe; e, por fim, atenção às mudanças e novas oportunidades, ou seja, estar sempre alerta em relação ao momento de se fazer um investimento em inovação sustentada e/ou tecnológica.

Com estas ações em sintonia é possível crescer, atender a uma maior demanda de clientes de todas as classes sociais e ainda conseguir encontrar um equilíbrio mediante as oscilações na economia e até algumas crises. Dessa forma podemos criar um formato de escritório que será sempre protagonista independente do cenário em que estiver atuando.
* Glaucio Gonçalves é arquiteto e fundador do EB-A – Espaço Brasileiro de Arquitetura

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