*Gláucio Gonçalves
Diante do atual cenário do
mercado da construção civil, para ter um escritório que consiga crescer,
atender a uma maior demanda de clientes de todas as classes sociais e ainda encontrar
um equilíbrio mediante as oscilações na economia, é necessária uma quebra de
paradigmas.
E, nessa nova em fase projetada
para o setor da construção civil, inovações tecnológicas e aplicação de
conceitos sustentáveis, necessários para o crescimento sólido do setor e sem
grandes prejuízos ao meio-ambiente, são pontos essenciais.
Porém, por conta de uma
característica de alguns anos, quando somente a classe A tinha acesso a
contratação de profissionais para a elaboração de projetos, ainda existe muita
resistência e insegurança por parte dos consumidores em contratar este tipo de serviço.
Por isso, os arquitetos precisam redesenhar este cenário e inovar para que uma
nova fase, para todos, inicie-se na construção civil.
Primeiro, é necessário que os profissionais
se conscientizem da importância e da necessidade da adesão de outras classes
sociais pela procura de arquitetos e designers. Estes profissionais não são
indicados apenas para as classes mais altas ou para execução de imóveis de alto
valor. A contratação de um arquiteto tem um alto custo benefício para o
cliente, uma vez que a experiência desses profissionais gera economia de
materiais, de valores, de tempo e ainda proporciona um trabalho com alta
qualidade.
Outro ponto a ser discutido é o aquecimento
do setor da construção civil. Com ele, cresce também a destruição ao meio
ambiente. É necessária uma remodelação na forma de projetar e construir por
parte de profissionais, fornecedores e clientes. Com uma reciclagem de
conceitos e hábitos de consumo e produção, o ambiente percebe que estamos
trabalhando ao seu favor.
Assim, para vencer estes
desafios, o formato ideal prevê alguns pontos básicos. Entre eles: estrutura
física e equipe composta por peças chaves; investimento em sistemas de
tecnologia que possibilitem ao escritório um crescimento de acordo com a
demanda, mantendo a qualidade no atendimento e no padrão dos projetos, sem
precisar aumentar a estrutura física e a composição da equipe; e, por fim,
atenção às mudanças e novas oportunidades, ou seja, estar sempre alerta em
relação ao momento de se fazer um investimento em inovação sustentada e/ou
tecnológica.
Com estas ações em sintonia é
possível crescer, atender a uma maior demanda de clientes de todas as classes
sociais e ainda conseguir encontrar um equilíbrio mediante as oscilações na
economia e até algumas crises. Dessa forma podemos criar um formato de
escritório que será sempre protagonista independente do cenário em que estiver
atuando.
* Glaucio Gonçalves é
arquiteto e fundador do EB-A – Espaço Brasileiro de Arquitetura
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